Partidas épicas: top 10 jogos inesquecíveis das finais da NBA
As melhores jogos finais NBA são marcados por drama, história e lendas que definiram gerações. Do milagre de Willis Reed a “The Last Shot” de Michael Jordan, cada grande final é um capítulo crucial na narrativa do basquete global. Esses confrontos reúnem talento, estratégia e emoções à flor da pele, inspirando fãs no mundo inteiro e consolidando carreiras em momentos que jamais serão esquecidos.
Este artigo traz um panorama dos dez jogos mais épicos, analisando suas histórias, performances memoráveis e impacto cultural. Inclui finais clássicas como 1970, 1980, 1998, 2016 e a recente disputa acirrada de 2025 entre Thunder e Pacers. Cada narrativa revela por que essas partidas permanecem vivas na memória do esporte, servindo como referência para o que de melhor o basquete pode oferecer.
1970 – Jogo 7: Knicks x Lakers
O Jogo 7 da final de 1970 entre New York Knicks e Los Angeles Lakers é uma das partidas mais lendárias da história da NBA. Com a série empatada em 3–3, todas as atenções se voltaram para Madison Square Garden. Os Knicks já enfrentavam dificuldades: Willis Reed, seu pivô titular, lesionou o joelho no Jogo 5 e era dúvida para o confronto decisivo. Sua presença em quadra se tornou o símbolo máximo da superação esportiva.
Reed entrou, inesperadamente, no início da partida e balançou a rede com os primeiros pontos. Apesar de não ter condições de manter o ritmo, a emoção que causou serviu como combustível psicológico para todo o elenco. Walt Frazier assumiu a liderança, registrou 36 pontos e conduziu a equipe com elegância, controle e inteligência. A estratégia de Red Holzman valorizava movimentação, passes precisos e posse de bola controlada — postura que incomodou um Lakers que apostava no talento de Jerry West e Wilt Chamberlain.
A vitória por 113–99 consolidou o primeiro título da franquia, mas o legado transcende o placar. A imagem de Reed saindo do banco, os Knicks abraçados no centro da quadra e o público em êxtase entraram para a história. Foi uma lição sobre a importância da coragem, união e mentalidade coletiva. A partida mudou a concepção de liderança e inspirou gerações de atletas e torcedores. Até hoje, quando se fala em superação em esportes de alto rendimento, o Jogo 7 de 1970 é citado como exemplo definitivo.
1976 – Jogo 5 (tríplice prorrogação): Celtics x Suns
O clássico Jogo 5 da final de 1976 entre Boston Celtics e Phoenix Suns costuma ser chamado de “o maior jogo da história” — e não é por menos. Em uma noite intensa, as equipes empataram em três prorrogações após um tempo normal equilibrado. O roteiro teve drama do início ao fim, altíssimo nível técnico e momentos decisivos. Boston vencia por cinco pontos a 45 segundos do fim da terceira prorrogação, mas Phoenix encostou novamente, colocando fogo na reta final.
John Havlicek brilhou como reserva, saiu do banco para anotar 19 pontos iniciais, estendendo o confronto. Os nervos estavam à flor da pele: Heat checks foram precisos, faltas estratégicas, trocas de bola rápidas e implacáveis. O detalhe final: o técnico dos Celtics pediu timeout esgotado, o que resultou em turnover, dando chance a Phoenix — mas os Suns erraram o arremesso decisivo. Essa falha foi o final de um espetáculo que mostrou o quão intensa pode ser uma disputa de final de NBA.
O impacto foi duradouro: o jogo influenciou cronogramas televisivos, discussões sobre regras e formas de manter a tensão em séries longas. Do ponto de vista emocional, o imóvel MSG vibrou intensamente: foi noite de heroísmo, de jogo coletivo bem encaixado. Boston venceu a série por 4–2 e usou essa partida como motor para o título. Para os fãs até hoje, é referência em entrega, drama e equilíbrio técnico. Não apenas um jogo — um momento que definiu o que somos capazes de suportar e celebrar dentro da quadra.

1980 – Jogo 6: Lakers x 76ers
Em 1980, o Jogo 6 das finais entre Los Angeles Lakers e Philadelphia 76ers entrou para a história graças à atuação impressionante de um novato: Magic Johnson. Com Kareem Abdul-Jabbar lesionado e fora da partida decisiva, o técnico Paul Westhead decidiu improvisar. Magic, com apenas 20 anos, começou jogando como pivô — mas também atuou como armador, ala e ala-pivô durante o jogo. A atuação de Johnson foi tão dominante que ele anotou 42 pontos, 15 rebotes, 7 assistências, 3 roubos de bola e 1 toco.
O desempenho de Magic Johnson não só garantiu o título para os Lakers, como redefiniu o papel de um jogador multifuncional na NBA. Sua maturidade diante da pressão, mesmo como calouro, marcou o início de uma nova era para a franquia de Los Angeles e para a liga. A versatilidade demonstrada foi algo nunca antes visto em uma final de NBA. Seu carisma, talento e controle de jogo ganharam os fãs e consolidaram a imagem do “Showtime Lakers”.
A vitória por 123–107 não refletiu a tensão e o esforço necessário, mas selou o início da dinastia dos Lakers nos anos 1980. Essa partida é lembrada como um dos melhores jogos finais NBA não só pelo placar, mas pela circunstância e pela ascensão instantânea de uma lenda. O troféu de MVP das finais, entregue a Magic, foi o primeiro da carreira de muitos que viriam, e o símbolo de que momentos épicos podem ser protagonizados por quem ninguém espera.
1984 – Jogo 7: Celtics x Lakers
O Jogo 7 da final de 1984 entre Boston Celtics e Los Angeles Lakers é um marco da rivalidade mais emblemática da NBA. A série foi intensa, física e envolta em rivalidade histórica. Após seis confrontos equilibrados, o jogo decisivo no Boston Garden atraiu olhares do mundo inteiro, e o ambiente era de pura eletricidade. Os Celtics venceram por 111–102, impulsionados por uma atuação dominante de Larry Bird, que terminou com 20 pontos e 12 rebotes, além de uma defesa coletiva sufocante.
A partida teve todos os elementos de uma final clássica: arremessos difíceis, faltas duras, provocações e tensão até os minutos finais. O confronto também foi marcado pelo duelo mental entre Bird e Magic Johnson, dois estilos opostos que simbolizavam não apenas suas equipes, mas também dois modos distintos de ver o basquete. Enquanto Bird exibia frieza e precisão, Magic representava criatividade e espetáculo.
Red Auerbach, figura histórica dos Celtics, foi homenageado no vestiário com a conquista. A série e especialmente o jogo decisivo consolidaram a volta da NBA ao cenário nacional de popularidade, que havia declinado nos anos 1970. O jogo ajudou a firmar a NBA como produto televisivo global e o embrião da expansão internacional nos anos seguintes.
Esse duelo é lembrado como um dos melhores jogos finais NBA não apenas pela qualidade em quadra, mas pelo que representou fora dela: renascimento da liga, definição de narrativas e consagração da rivalidade que moldou os anos 80.
1988 – Jogo 7: Lakers x Pistons
O confronto entre Los Angeles Lakers e Detroit Pistons em 1988 foi um dos mais físicos e intensos das finais da NBA. O Jogo 7 no The Forum, em Inglewood, simbolizou a essência da superação, e James Worthy teve uma atuação inesquecível: 36 pontos, 16 rebotes e 10 assistências, registrando um triplo-duplo histórico. Os Lakers venceram por 108–105 e se tornaram a primeira equipe a conquistar títulos consecutivos desde os Celtics dos anos 1960.
Detroit, com o famoso estilo dos “Bad Boys”, liderado por Isiah Thomas, Bill Laimbeer e Dennis Rodman, impôs uma defesa dura e jogo mental intenso. No entanto, a inteligência tática de Pat Riley e a experiência dos Lakers prevaleceram. Mesmo com Magic Johnson lutando contra cãibras, a equipe se apoiou em Worthy e Kareem Abdul-Jabbar para selar o triunfo.
A partida foi marcada por equilíbrio absoluto: trocas de liderança, faltas técnicas, e arremessos decisivos em sequência. O clima era de guerra esportiva, com cada posse valendo ouro. O título consagrou o legado de Pat Riley e cimentou a era “Showtime” como uma das mais dominantes da história.
Este Jogo 7 é lembrado como um dos melhores jogos finais NBA porque simbolizou o fim de uma dinastia e o nascimento de outra. Pouco depois, os Pistons dominariam o início dos anos 90. Mas naquele momento, a glória era dourada. Foi o último grande ato de uma era brilhante para os Lakers dos anos 1980.
1993 – Jogo 6: Bulls x Suns
As finais de 1993 entre Chicago Bulls e Phoenix Suns foram marcadas por intensidade e brilho individual. O Jogo 6, disputado em Phoenix, foi o ápice dessa série espetacular. Com o título em jogo, os Bulls estavam à frente por 3–2 e buscavam o tricampeonato. A partida foi marcada por domínio alternado no placar e tensão crescente nos minutos finais.
Michael Jordan foi, como sempre, decisivo: marcou 33 pontos, distribuiu jogadas, atraiu a marcação e manteve a equipe viva nos momentos difíceis. Mas o lance histórico veio de John Paxson, que acertou uma bola de três pontos a 3,9 segundos do fim, virando o placar para 99–98 e selando o título. O arremesso tornou-se um dos mais emblemáticos da história da NBA, colocando Paxson entre os heróis inesperados da dinastia de Chicago.
Além do aspecto técnico, o jogo refletiu maturidade tática dos Bulls sob o comando de Phil Jackson. Jordan demonstrou controle emocional e liderança, elevando o time mesmo em uma noite ofensivamente equilibrada com o Suns, liderado por Charles Barkley, MVP daquela temporada.
O tricampeonato solidificou Jordan como o maior jogador da era moderna e levou os Bulls a um novo patamar em termos de marca global. O Jogo 6 de 1993 é considerado um dos melhores jogos finais NBA por reunir emoção, talento e um final digno de roteiro cinematográfico — com Paxson entrando para a história ao lado de MJ.
1998 – Jogo 6: Bulls x Jazz

A partida final da dinastia de Michael Jordan é, para muitos, o jogo mais emblemático de todos os tempos. O Jogo 6 das finais de 1998 entre Chicago Bulls e Utah Jazz não só decidiu um título, como selou um ciclo lendário de seis conquistas em oito anos. Com a série 3–2 para Chicago, a partida no Delta Center, em Salt Lake City, tinha o Jazz buscando empatar a série e forçar um jogo decisivo.
O jogo foi extremamente disputado, com Karl Malone e John Stockton mantendo o Jazz competitivo até os minutos finais. Mas foi Michael Jordan quem selou a história: anotou 45 pontos e fez a jogada que definiria sua carreira. Após roubar a bola de Malone no garrafão, conduziu o ataque, isolou Bryon Russell e acertou o arremesso final a 5,2 segundos do fim, garantindo o 87–86 para os Bulls.
A imagem de Jordan, parado com o braço estendido após o arremesso, é uma das mais icônicas do esporte mundial. Não houve tempo suficiente para reação. O título foi o sexto de Jordan, sexto de Phil Jackson, e o encerramento perfeito da era dourada de Chicago.
Esse jogo é considerado por muitos o maior momento da NBA moderna e referência constante quando se fala em decisões épicas. É indiscutivelmente um dos melhores jogos finais NBA, seja pelo contexto, pelo desfecho ou pelo legado eterno deixado por Jordan naquela noite em Utah.
2005 – Jogo 5: Spurs x Pistons
O Jogo 5 das finais de 2005 entre San Antonio Spurs e Detroit Pistons é frequentemente esquecido pelo grande público, mas é uma aula de basquete técnico, disciplina tática e drama. A série estava empatada, e esse jogo se tornaria o mais emblemático do confronto. Em Detroit, diante de um público hostil, os Spurs venceram por 96–95 na prorrogação, com Robert Horry como herói improvável.
Horry, veterano conhecido por sua frieza em momentos decisivos, marcou 21 pontos, incluindo cinco bolas de três pontos, sendo a última delas a que selou a vitória a poucos segundos do fim. Seu desempenho nos momentos críticos deu novo fôlego ao Spurs e mudou completamente a dinâmica da série.
O jogo também foi uma batalha defensiva. Ben Wallace, Rasheed Wallace e Tim Duncan travaram embates físicos no garrafão. O ritmo foi cadenciado, com poucas posses de bola, erros forçados e leitura tática apurada. A presença de Manu Ginóbili e Tony Parker garantiu mobilidade ofensiva a San Antonio, enquanto Chauncey Billups tentava controlar o ritmo dos Pistons.
Essa partida se tornou referência de como inteligência coletiva e preparo psicológico fazem diferença nas finais. Os Spurs venceram a série no Jogo 7, mas foi no Jogo 5 que ganharam o impulso necessário. É considerado um dos melhores jogos finais NBA por representar a essência do basquete estratégico: cada decisão e cada milésimo de segundo contaram.
2016 – Jogo 7: Cavaliers x Warriors
A final de 2016 entre Cleveland Cavaliers e Golden State Warriors culminou em um dos momentos mais emocionantes da história da NBA. O Jogo 7, realizado na Oracle Arena, teve todos os ingredientes de uma narrativa épica: drama, redenção, rivalidade e um final imprevisível. A série estava empatada após os Cavaliers, liderados por LeBron James, reverterem um 3–1 contra uma equipe que havia vencido 73 jogos na temporada regular — o melhor recorde da história.
O jogo foi extremamente disputado, com liderança alternada até os minutos finais. Com menos de dois minutos para o fim, aconteceu o momento mais simbólico: o famoso “The Block”, em que LeBron James impediu uma bandeja de Andre Iguodala com um toco espetacular. Pouco depois, Kyrie Irving acertou um arremesso de três pontos sobre Stephen Curry, garantindo a vantagem definitiva.
LeBron terminou com um triplo-duplo (27 pontos, 11 rebotes, 11 assistências) e foi eleito MVP das finais. A vitória por 93–89 deu aos Cavaliers seu primeiro título da história, encerrando uma longa espera da cidade de Cleveland por conquistas esportivas.
Esse Jogo 7 não apenas coroou uma campanha histórica, mas simbolizou a redenção de LeBron James com sua cidade natal. É lembrado como um dos melhores jogos finais NBA por seu impacto emocional, alto nível técnico e por representar a maior virada já vista em uma série final da liga.
2025 – Jogo 7: Thunder x Pacers
A final de 2025 trouxe frescor e emoção à liga, com duas franquias que não figuravam em decisões há anos: Oklahoma City Thunder e Indiana Pacers. O Jogo 7, disputado no Paycom Center, foi marcado por intensidade, jogadas plásticas e uma narrativa de renovação para o basquete. O Thunder venceu por 103–91, conquistando seu segundo título da história e encerrando uma campanha surpreendente.
Shai Gilgeous-Alexander foi o grande destaque, anotando 29 pontos e 12 assistências, controlando o ritmo do jogo com maturidade. Ao seu lado, Jalen Williams e Chet Holmgren desempenharam papéis fundamentais, mostrando que o projeto de reconstrução do Thunder alcançou maturidade.
O Indiana Pacers, liderado por Tyrese Haliburton, fez uma série incrível e trouxe equilíbrio à disputa. Mas no Jogo 7, o desgaste físico e a eficiência defensiva do Thunder prevaleceram. Marcação ajustada, controle do rebote e transição rápida definiram o confronto.
A final de 2025 foi também uma vitória para o basquete coletivo, jovem e ousado. Esse jogo demonstrou que o futuro da NBA está em boas mãos. Por tudo o que representou — superação, equilíbrio, performance e renovação —, este é, sem dúvida, um dos melhores jogos finais NBA, que ficará na memória como símbolo de uma nova era da liga.
Conclusão

Cada uma dessas partidas é um tesouro na história do basquete. Elas não apenas decidiram campeões, mas também definiram legados, inspiraram gerações e mudaram o rumo de franquias inteiras. Esses momentos destacam o melhor que as melhores jogos finais NBA podem oferecer: talento, coragem e imprevisibilidade.
Reviver tais confrontos é mais do que nostalgia esportiva — é reconhecer o poder narrativo do basquete. Se você é fã ou profissional da área, mergulhar nessas histórias oferece lições sobre liderança, superação e estratégia, provando que o verdadeiro espetáculo da NBA vai além dos pontos: está nos momentos que ficam pra sempre.