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Parcelar a Fatura ou Usar o Rotativo? O que Custa Menos?

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Lidar com a fatura do cartão de crédito nem sempre é uma tarefa fácil. Em algum momento, muitos consumidores se deparam com o dilema de não conseguir quitar o valor total e precisam escolher entre duas alternativas comuns: pagar o valor mínimo, entrando no crédito rotativo, ou parcelar o saldo devedor. Ambas as escolhas oferecem um alívio imediato, mas vêm acompanhadas de custos adicionais que podem pesar bastante no orçamento.

A decisão sobre parcelar fatura ou rotativo é crucial para a saúde financeira, pois uma escolha equivocada pode levar a um ciclo de endividamento difícil de reverter. A verdade é que, embora ambas as modalidades sejam formas de financiar uma dívida, suas condições e taxas de juros podem variar drasticamente, impactando diretamente o quanto você pagará a mais pelo seu débito.

Neste artigo, vamos desvendar as particularidades do crédito rotativo e do parcelamento da fatura, comparar seus custos com base em dados de mercado atualizados e oferecer insights para que você possa tomar a decisão mais econômica e adequada à sua situação financeira. O objetivo é fornecer o conhecimento necessário para que você utilize o cartão de crédito de forma consciente, evitando armadilhas e protegendo seu bolso.

Crédito Rotativo: O Custo Mais Elevado do Cartão de Crédito

O crédito rotativo é uma modalidade de financiamento que é acionada automaticamente quando o titular do cartão de crédito paga um valor inferior ao total da fatura, mas superior ou igual ao pagamento mínimo exigido. O saldo restante (a diferença entre o valor total da fatura e o valor pago) é automaticamente financiado pela instituição financeira, sobre o qual incidem juros.

O grande problema do crédito rotativo reside nas suas taxas de juros, que são historicamente as mais altas do mercado. Ele é considerado uma das linhas de crédito mais caras disponíveis, com taxas que podem ultrapassar 10% ao mês. Isso significa que uma dívida relativamente pequena pode crescer exponencialmente em pouquíssimo tempo.

O Banco Central, por exemplo, monitora essas taxas de perto, e dados de mercado confirmam que o rotativo é consistentemente o vilão do endividamento no cartão. A alta taxa se justifica pelo risco que a instituição assume ao não ter certeza do pagamento total da dívida no mês seguinte, mas para o consumidor, é uma armadilha financeira.

Como Funciona na Prática:

Se sua fatura é de R$ 1.000,00 e o pagamento mínimo é de R$ 150,00:

  • Se você pagar R$ 1.000,00: a fatura está quitada.
  • Se você pagar R$ 150,00 (mínimo): os R$ 850,00 restantes entram no rotativo, com juros altíssimos sobre esse valor para a próxima fatura.
  • Se você pagar R$ 500,00 (entre o mínimo e o total): os R$ 500,00 restantes também entram no rotativo.

A principal característica do rotativo é a falta de previsibilidade do custo final, uma vez que os juros incidem sobre um saldo que pode variar se novas compras forem feitas e se o pagamento da fatura seguinte não for total.

Parcelamento da Fatura: Uma Alternativa Mais Previsível

Pessoa organizando contas e dinheiro em espécie, simbolizando o parcelamento da fatura do cartão de crédito como alternativa ao rotativo
O parcelamento da fatura permite dividir o valor em parcelas fixas, com juros menores e maior previsibilidade do que o crédito rotativo.

O parcelamento da fatura, por sua vez, é uma opção oferecida pelas instituições financeiras que permite ao consumidor dividir o valor total devido do cartão de crédito em parcelas fixas, com juros pré-definidos. Essa modalidade é uma alternativa para quem não consegue quitar o valor total da fatura, mas busca uma condição de pagamento mais estruturada e com taxas de juros geralmente menores que as do crédito rotativo.

Ao optar pelo parcelamento, o consumidor negocia diretamente com o banco o número de parcelas e a taxa de juros que será aplicada. Uma vez acordado, o valor da parcela, incluindo os juros, é adicionado às faturas futuras até a quitação completa da dívida.

Como Funciona na Prática:

Se sua fatura é de R$ 1.000,00 e você não consegue pagar o valor total, o banco pode oferecer a opção de parcelar esse valor, por exemplo, em 6 vezes de R$ 200,00 (totalizando R$ 1.200,00, com R$ 200,00 de juros). Dessa forma, você sabe exatamente quanto pagará a cada mês e qual será o custo total da dívida.

As vantagens do parcelamento da fatura incluem:

  • Taxas de Juros Menores: Geralmente, as taxas são significativamente inferiores às do crédito rotativo, tornando a dívida menos onerosa.
  • Previsibilidade: Você sabe exatamente o valor de cada parcela e o prazo total para quitar a dívida, facilitando o planejamento financeiro.
  • Controle: Ajuda a sair do ciclo vicioso do rotativo, permitindo um controle maior sobre o endividamento.

Comparativo de Custos: Parcelar Fatura ou Rotativo? A Resposta em Números

Quando o assunto é parcelar fatura ou rotativo, a comparação das taxas de juros é o fator decisivo para entender qual opção custa menos. E a resposta é clara: o parcelamento da fatura é quase sempre a alternativa mais econômica.

Dados do Banco Central do Brasil, atualizados em dezembro de 2024, demonstram a significativa diferença entre as taxas de juros do crédito rotativo e as do parcelamento da fatura. O crédito rotativo apresenta juros consideravelmente superiores.

Um exemplo prático ilustra essa disparidade:

  • No Banco BMG, a taxa de juros do crédito rotativo é de 6,63% ao mês.
  • Enquanto a taxa de juros para o parcelamento da fatura no mesmo banco é de 4,96% ao mês.

Essa diferença de quase 1,7% ao mês no exemplo do Banco BMG é substancial e se replica na maioria das instituições financeiras. Ao longo de alguns meses, essa diferença percentual se traduz em centenas ou até milhares de reais a mais pagos em juros se a opção for o crédito rotativo. O rotativo é uma solução de curtíssimo prazo, enquanto o parcelamento oferece um fôlego maior com um custo diluído.

Cenários e Recomendações: Qual a Melhor Escolha para Você?

Portas simbolizando diferentes escolhas financeiras entre parcelar a fatura ou usar o crédito rotativo no cartão
A decisão entre parcelar a fatura ou usar o rotativo deve considerar custos, juros e impacto financeiro para escolher a melhor opção.

Diante das informações sobre parcelar fatura ou rotativo, a recomendação geral é clara:

Evite o Crédito Rotativo ao Máximo:

Devido às suas taxas de juros exorbitantes, o crédito rotativo deve ser utilizado apenas em situações de extrema emergência e por um período muito curto (idealmente, apenas até a próxima fatura, quando o valor deve ser quitado integralmente para evitar a rolagem da dívida). Permanecer no rotativo por mais de um mês é um erro financeiro que gera um custo desnecessário e elevado, acumulando juros sobre juros.

Opte pelo Parcelamento da Fatura se Não Puder Quitar o Total:

Se você não consegue pagar o valor total da fatura, o parcelamento é a opção mais indicada. Embora ainda envolva juros, as taxas são menores e o plano de pagamento é fixo e previsível, o que facilita a organização e o planejamento para sair da dívida. Antes de aceitar o parcelamento, avalie se as parcelas cabem no seu orçamento mensal para evitar inadimplência.

Negocie com o Banco:

Mesmo que o parcelamento seja mais barato que o rotativo, sempre tente negociar as condições diretamente com o banco. Veja se é possível conseguir taxas ainda mais baixas ou um número de parcelas que se ajuste melhor à sua capacidade de pagamento.

Dicas para Evitar o Endividamento no Cartão de Crédito

A melhor estratégia, no entanto, é sempre evitar as situações em que você precise escolher entre parcelar fatura ou rotativo. O uso consciente do cartão de crédito é fundamental para a sua saúde financeira.

  • Pague a Fatura Integralmente e em Dia: Esta é a regra de ouro. Pagar o valor total da fatura até a data de vencimento evita a cobrança de quaisquer juros ou multas.
  • Use o Cartão Como Aliado, Não Como Extensão da Renda: Gaste apenas o que você sabe que conseguirá pagar no próximo mês. O cartão de crédito é uma ferramenta de pagamento, não um aumento do seu salário.
  • Tenha um Orçamento Mensal: Saiba exatamente quanto você ganha e gasta. Isso permite identificar quanto do seu orçamento pode ser comprometido com as despesas do cartão sem que você se endivide.
  • Monitore seus Gastos: Utilize os aplicativos do banco para acompanhar suas compras em tempo real. Isso evita surpresas na fatura e ajuda a controlar o impulso de comprar.
  • Cuidado com Compras Parceladas: Embora compras parceladas sem juros sejam vantajosas, o acúmulo de muitas parcelas pode comprometer uma parte significativa da sua renda futura, dificultando o pagamento total das faturas.

Conclusão: Escolha a Previsibilidade e Proteja seu Orçamento

Proteção financeira simbolizada por cofre em formato de porquinho cercado por moedas, representando escolhas seguras no uso do cartão de crédito
Optar pelo parcelamento da fatura em vez do rotativo protege seu orçamento e garante maior previsibilidade financeira.

A decisão entre parcelar fatura ou rotativo é um dos momentos mais críticos na gestão de uma dívida de cartão de crédito. A análise clara das taxas de juros, corroborada por dados do Banco Central, aponta para uma verdade incontestável: o crédito rotativo é a opção mais cara e, portanto, a que deve ser evitada a todo custo. Suas taxas de juros elevadíssimas podem transformar uma pequena dívida em uma bola de neve incontrolável em pouquíssimo tempo.

Por outro lado, o parcelamento da fatura, embora ainda envolva juros, apresenta-se como a alternativa menos onerosa e mais previsível. Ao optar por parcelar, você negocia um plano de pagamento fixo, o que permite um maior controle sobre suas finanças e facilita a saída do ciclo vicioso do endividamento.

É fundamental, contudo, que as parcelas caibam no seu orçamento para que o alívio não se transforme em um novo problema. Em suma, para proteger seu bolso e manter sua saúde financeira em dia, priorize sempre o pagamento total da fatura. Se isso não for possível, o parcelamento é o caminho mais prudente e econômico para quitar sua dívida no cartão de crédito.

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